segunda-feira, 10 de março de 2025

Ignacy Paderewski (1860-1941) - Piano Concerto in A minor, Op. 17, Fantaisie polonaise sur des themes originaux, Op. 19 e Overture

Eis um compositor que não aparece por aqui com tanta recorrência. Paderewski foi um dos compositores mais influentes de sua geração em seu país. Sua música procura conciliar os elementos do romantismo tardio e o nacionalismo polonês, o que reflete a sua identidade cultural. Neste disco encontramos três de suas obras.

A primeira delas é o bonito Concerto para piano em Lá menor, Op. 17, escrito em 1888. A obra segue a tradição dos concertos românticos para piano. Observa-se o tributo que o polonês presta a Liszt e a Chopin. Há belas passagens na obra. Em alguns momentos, lembrei os concertos de nº 1 dos dois compositores. O lirismo e o apelo dramático são marcas que se identifica de primeira.

Aparece ainda o opus 19 do compositor, composta em 1893. É uma peça para piano e orquestra que aponta para a influência da música folclórica polonesa. Possui uma grande força rapsódica por causa de sua estrutura livre. O caráter polonês se faz presente pelo uso de ritmos típicos de danças plonesas como a mazurca.  A última obra do disco é a Abertura, de caráter mais sinfônico, evidenciando as características da música orquestral do compositor. Não deixe de ouvir. Uma boa apreciação!

Ignacy Paderewski (1860-1941) -

01 - I. Allegro
02 - II. Romanza. Andante
03 - III. Allegro molto vivace
04 - Fantaisie polonaise sur des themes originaux, Op. 19
05 - Overture

National Polish Radio Symphony Orchestra
Janina Fialkowska, piano
Antoni Wit, regente

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George Frideric Handel (1685-1759) - Fireworks Music & Water Music

"Fireworks Music" e "Water Music" são duas das obras mais famosas e bonitas do barroco. Escritas para ocasiões reais e de celebrações públicas, as duas peças revelam a genialidade e o brilhantismo de Handel em capturar a psicologia dos encontros, dos passeios; ou seja, as pompas circunstanciais. A "Water Music" foi escrita em 1717 a pedido de Jorge I, monarca inglês. A música era executada em celebrações no rio Tâmisa. Refletia a sofisticação da corte e a ideia de um elemento integrador entre a aristocracia e o povo. A música era excessivamente elegante e dava uma ideia de fluidez.

Já a "Music for the Royal Fireworks", composta em 1749, foi encomendada pelo rei Jorge II para celebrar o fim da Guerra da Sucessão Austríaca e a assinatura do Tratado de Aachen. Além da elegância, que é um traço característico inexpugnável, sobressai-se ainda o espírito triunfante, realçado pela presença dos instrumentos de sopro e percussão. 

As duas peças refletem o ideal barroco de espetáculo e grandeza. A música se mostra como uma forma de entretenimento, mas também um meio de demonstrar poder, ordem e harmonia. Handel foi imensamente feliz, pois conseguiu unir arte, política e espetáculo. Não deixe de ouvir. Uma boa apreciação!

George Frideric Handel (1685-1759) -

Music for the Royal Fireworks, HWV 351
01. I. Overture
02. II. Bourree
03. III. La paix
04. IV. La rejouissance
05. V. Menuet I
06. V. Menuet II

Water Music: Suite No. 1 in F Major, HWV 348

07. I. Overture: Largo - Allegro
08. II. Adagio e staccato
09. III. Allegro - IV. Andante - Allegro
10. V. Passepied
11. VI. Air
12. VII. Menuet
13. VIII. Bourree
14. IX. Hornpipe
15. X. Allegro

Water Music: Suite No. 2 in D Major, HWV 349

16. I. Allegro
17. II. Alla Hornpipe

Water Music: Suite No. 3 in G Major, HWV 350
18. I. Sarabande
19. II. Rigaudon I and II

Water Music: Suite No. 2 in D Major, HWV 349
20. IV. Lentement
21. V. Bourree

Water Music: Suite No. 3 in G Major, HWV 350

22. III. Menuet I
23. III. Menuet II
24. IV. Bourree I
25. IV. Bourree II

Water Music: Suite No. 2 in D Major, HWV 349
26. III. Menuet

Capella Istropolitana
Bohdan Warchal, regente

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domingo, 9 de março de 2025

Alexander Glazunov (1896-1936) - Symphonies

Glazunov é um daqueles compositores que, de tempos em tempos, eu visito. Tenho uma grande admiração pela sua Sinfonia No. 2. Encontra-se entre as minhas sinfonias favoritas. Olhando à distância, não se dimensiona a importância do compositor para a música russa do final do século XIX e início do século XX. Glazunov é um dos mestres do nacionalismo russo. Seus trabalhos conservam essa fórmula. Ele é uma espécie de continuador da tradição do Grupo do Cinco, que acabou determinando as características da música moderna da Rússia. Ao seu modo, Glazunov segue a tradição nacionalista russa, mas, ao meu mesmo tempo, harmoniza-se com a tradição acadêmica da música europeia. Suas composições oscilam entre a força da música de Tchaikovsky e a limpidez estrutural da música de Brahms. 

Neste disco, aparecem as suas oito sinfonias. Elas foram escritas entre 1881 e 1906, um período bastante prolífico para o compositor. Vale mencionar que ele enfrentou sérios problemas com a bebida. E foi um importante professor. A Primeira Sinfonia é do ano de 1881 e impressionou compositores como Balakirev e Korsakov, dois membros do Grupo dos Cinco. Nota-se o quanto ela é russa. Seus temas emanam do folclore do seu país. Seu nome também sugere isso - "Eslava". 

A Segunda é do ano de 1886. É a Sinfonia de que mais gosto. O primeiro movimento é belíssimo. É chamada de "Sinfonia Estelar". Sua força dramática remete à grandiosidade cósmica. Fico sempre com impressão, quando a escuto, que estou a caminhar por uma estepe numa noite escura, tendo como guia luminoso apenas a energia turva e tímida das estrelas. Tudo é grande e descomunal. Glazunov certamente apoiou-se em motivações românticas para escrever o trabalho. A Terceira é do ano de 1890. Neste trabalho, nota-se a evolução estilística e o domínio da forma sinfônica. A Quarta é do ano de 1893. Possui um tom otimista e luminoso, que faz lembrar a música de Mendelssohn. Glazunov sintetiza elementos da música russa e da tradição alemã. A Quinta é do ano de 1895 e demonstra um Glazunov maduro e pleno da arquitetura sinfônica. O final do último movimento é maravilhoso. A Sexta é do ano de 1896. É, certamente, seu trabalho sinfônico mais melancólico e sombrio. É mais lenta e pessimista. O segundo movimento é suave, quase elegíaco. 

A Sétima é do ano de 1902. Foi dedicada a Rinsky-Korsakov. Apresenta um tom mais solene e grandioso. A instrumentação é rica e possui uma intenção heroica. A oitava é do ano de 1906. É um trabalho, cuja magnitude reflete as experimentações do compositor, pois procura equilibrar lirismo, uma visão idealista a certo rigor acadêmico. 

Nota-se, assim, nos trabalhos sinfônicos do compositor, um senso de continuidade, de respeito às tradições do seu país, ligada ao romantismo, como também uma percepção apurada da modernidade que emergia. A regência fica a cargo Gennady Rozhdestvensky. Ninguém melhor do que ele. Não deixe de ouvir. Uma boa apreciação!

Alexander Glazunov (1896-1936) -

DISCO 01

01 - Symphony No. 1, Op. 5 _Slavonic__ I. Allegro
02 - Symphony No. 1, Op. 5 _Slavonic__ II. Scherzo - Allegro
03 - Symphony No. 1, Op. 5 _Slavonic__ III. Adagio
04 - Symphony No. 1, Op. 5 _Slavonic__ IV. Finale - Allegro
05 - Symphony No. 2, Op. 16 _To the Memory of Liszt__ I. Andante maestoso
06 - Symphony No. 2, Op. 16 _To the Memory of Liszt__ II. Andante
07 - Symphony No. 2, Op. 16 _To the Memory of Liszt__ III. Scherzo - Allegro
08 - Symphony No. 2, Op. 16 _To the Memory of Liszt__ IV. Finale - Intrada - Andante sostenuto - All

DISCO 02

01 - Symphony No. 3, Op. 33_ I. Allegro
02 - Symphony No. 3, Op. 33_ II. Scherzo - Vivace
03 - Symphony No. 3, Op. 33_ III. Andante
04 - Symphony No. 3, Op. 33_ IV. Finale - Allegro moderato

DISCO 03

01 - Symphony No. 4, Op. 48_ I. Andante - Allegro moderato
02 - Symphony No. 4, Op. 48_ II. Scherzo
03 - Symphony No. 4, Op. 48_ III. Andante - Allegro
04 - Symphony No. 5, Op. 55 _Heroic__ I. Moderato maestoso
05 - Symphony No. 5, Op. 55 _Heroic__ II. Scherzo - Moderato
06 - Symphony No. 5, Op. 55 _Heroic__ III. Andante
07 - Symphony No. 5, Op. 55 _Heroic__ IV. Allegro maestoso

DISCO 04

01 - Symphony No. 6, Op. 58_ I. Adagio - Allegro passionato
02 - Symphony No. 6, Op. 58_ II. Tema con variazioni
03 - Symphony No. 6, Op. 58_ III. Intermezzo
04 - Symphony No. 6, Op. 58_ IV. Finale - Andante maestoso
05 - Symphony No. 7, Op. 77 _Pastoral__ I. Allegro moderato
06 - Symphony No. 7, Op. 77 _Pastoral__ II. Andante
07 - Symphony No. 7, Op. 77 _Pastoral__ III. Scherzo - Allegro giocoso
08 - Symphony No. 7, Op. 77 _Pastoral__ IV. Finale - Allegro maestoso

DISCO 05

01 - Symphony No. 8, Op. 83_ I. Allegro moderato
02 - Symphony No. 8, Op. 83_ II. Mesto
03 - Symphony No. 8, Op. 83_ III. Allegro
04 - Symphony No. 8, Op. 83_ IV. Finale - Moderato sostenuto

USSR Ministry of Culture Symphony Orchestra

Gennady Rozhdestvensky, regente

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sábado, 8 de março de 2025

Johann Sebastian Bach (1685-1750) - Violin Concertos

Existem centenas de gravações dos concertos para violino de Johann Seabastian Bach. Fica difícil escolher qual a melhor gravação. A cada ano sai uma nova. Essa gravação com John Eliot Gardiner à frente do English Baroque Soloists é mais uma que engrossa a lista. Gostei bastante de tê-la escutado. É límpida, repleta de lirismo e captura a essência dessas obras imortais. Além disso, a violinista Kati Debretzeni está ótima. 

Como afirmei outro diz, Bach escreveu esses concertos enquanto trabalhava como Kapellmeister em Köthen, entre os anos de 1717 e 1723. O fato é que esses concertos revelam a face genial de Bach, que mescla profundidade musical por meio de uma estrutura musical sólida e muito  lirismo. Não deixe de ouvir. Uma boa apreciação!

Johann Sebastian Bach (1685-1750) -

Violin Concerto BWV 1041 in A minor

01. [Allegro]
02. Andante
03. Allegro assai

Violin Concerto after BWV 1053 in D major
04. [Allegro]
05. Siciliano
06. Allegro

Violin Concerto BWV 1042 in E major
07. Allegro
08. Adagio
09. Allegro assai

Violin Concerto, after BWV 1052 in D minor

10. Allegro
11. Adagio
12. Allegro

English Baroque Soloists
John Eliot Gardiner, regente
Kati Debretzeni, violino

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sexta-feira, 7 de março de 2025

Gustav Mahler (1860-1911) - Symphony No.6 in A minor 'Tragic'

Tenho uma grande admiração pela Sinfonia No. 6 de Mahler. Postei-a há alguns dias. O primeiro movimento é marcante; a marcha, a força avassaladora de sua anunciação, sugere eventos grandiosos, medonhos, que pressagiam os ventos do pessimismo. Conhecida como "Trágica", recebeu esse nome por causa da atmosfera angustiante e o desfecho devastador. A ideia de tragédia não diz respeito ao sentido comum a que estamos acostumados. O que está em jogo é o conceito filosófico de destino inescapável; de luta inexorável contra os reveses da existência, mas sem qualquer êxito.

Essa onda negativa permeia os quatro movimentos. O último movimento - de dimensões monumentais - encerra sem oferecer a ideia de redenção tão comum nos trabalhados do compositor. Pelo contrário, o que prevalece é a dissolução da ideia de esperança. Mahler, talvez, como sugerem alguns estudiosos, tenha feito um presságio dos fatos medonhos que se dariam com ele em pouco tempo - a morte da filha e diagnóstico de um problema cardíaco. Como era uma figura demasiado sensível, antecipou-se aos eventos. De qualquer forma, a Sinfonia é uma metáfora da própria impotência humana contra o destino e a inevitabilidade de alguns acontecimentos.

Não deixe de ouvir. Uma boa apreciação!

Gustav Mahler (1860-1911) - Symphony No.6 in A minor 'Tragic'

01. I. Allegro energico, ma non troppo. Heftig, aber markig
02. II. Scherzo. Wuchtig - [Trio.] Altväterisch. Grazioso
03. III. Andante moderato
04. IV. Finale. Sostenuto - Allegro moderato - Allegro energico

NHK Symphony Orchestra, Tokyo
Paavo Järvi, regente

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quinta-feira, 6 de março de 2025

Jazz - Wes Montgomery (1923-1968) - The Incredible Jazz Guitar Of Wes Montgomery

 
Lançado em 1960, "The Incredible Jazz Guitar Of Wes Montgomery" é um dos discos mais importantes da carreira de Wes Montgomery. Nascido em Indianápolis, o músico começou a tocar guitarra relativamente tarde, a saber, aos 19 anos de idade. Autodidata, desenvolveu uma técnica bem peculiar, que consistia em usar o polegar em vez de palhetas, o que permitia a produção de um som suave e aveludado. 

Acompanhado por Tonny Flanagan (piano), Percy Health (baixo) e Albert "Tootie" Health (bateria), Montgomery entrega performances repletas de elegância e lirismo. Em "The Incredible Jazz Guitar Of Wes Montgomery", o músico destila um verdadeiro espetáculo de técnica e musicalidade. O fraseado melódico, bem as interações fluidas com o restante da banda, conferem ao disco uma verdadeira aula de jazz. 
 
Não deixe de ouvir. Uma boa apreciação!

01. Airegin
02. D-Natural Blues
03. Polka Dots And Moonbeams
04. Four On Six
05. West Coast Blues
06. In Your Own Sweet Way
07. Mister Walker
08. Gone With The Wind 

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Sergey I. Taneyev (1856-1915) - Symphonies Nos. 2 & 4

Apesar de ter vivido relativamente pouco, os feitos de Taneyev foram singulares. Além de compositor, foi pianista, teórico musical e professor. Vale ressaltar que ele foi um dos alunos de Tchaikovsky, a quem substituiu no Conservatório de Moscou. Entre os alunos mais famosos do compositor destacam-se Glière, Scriabin e Rachmaninov. O compositor escreveu quatro sinfonias. Duas delas aparecem por aqui. 

A Sinfonia No. 1 foi escrita entre os anos de 1875 e 1878. A obra reflete as habilidades do jovem compositor recém entrado na casa dos 20 anos. A Sinfonia se destaca pela estrutura sólida, rica em desenvolvimento melódico e harmônico. Nota-se aqui o quanto o jovem Taneyev era um indivíduo competente e aplicado. O compositor demonstra um eloquente domínio da linguagem sinfônica. A obra possui uma grande profundidade emocional que acaba por refletir as influências do seu mestre - Tchaikovsky. 

Taneyev era um acadêmico. Sua música é estruturalmente arrojada. Apesar de tributar uma dívida aos compositores clássicos, ele não esquece os temas russos e procura criar uma linguagem muito pessoal. Gostei muito dos dois trabalhos. Não me lembro de tê-las escutado. Não deixe de ouvir. Uma boa apreciação!

Sergey I. Taneyev (1856-1915) -

01 - [Fedosseev] Symphony No. 2 Introduzione ed Allegro
02 - Andante
03 - Allegro
04 - [Rozhdestvensky] Symphony No. 4 Allegro molto
05 - Adagio
06 - Scherzo
07 - Finale. Allegro energico

Grand Orchestre Symphonique de la RTV d'URSS
Vladimir Fesosseev, regente
Guennadi Rojdestvesnki, regente

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quarta-feira, 5 de março de 2025

Dmitri Shostakovich (1906-1975) - Cello Sonata in D minor, Op.40, Moderato for cello and piano, Sergei Prokofiev (1891-1953) - Ballade in C major, Op.15, etc e Dmitri Kabalevsky (1904-1987) - Cello Sonata in B flat major, Op.71

 

Eis um disco de alma essencialmente russa. E isso me deixa imensamente feliz. São destaques aqui o Opus 40 de Shostakovich e o Opus 71 de Kabalevsky. Esta foi composta em 1962 e, aquela, em 1934. Ou seja, há 32 anos de distância de uma obra para outra. Além disso, Shostakovich e Kabalevsky eram personalidades bastante distintas.

A Sonata para violoncelo e piano de Shostakovich, quando foi escrita, seu autor tinha apenas 29 anos de idade. Ainda muito jovem, revela domínio e profundidade da forma. É um trabalho cujas insinuações líricas são mescladas por um fundo de grande dramaticidade. Além disso, são percebidas as ironias shostakovichianas tão características e a síntese de contrastes. Na década de 30, Shostakovich experimentaria a censura. Suas obras eram provocativas demais ao regime stalinista.

Já a Sonata de Kabalevsky apresenta uma estética melodiosa e acessível. O compositor conduz-se por uma caminho de clareza e expressão. Kabalevsky, ao escrever a obra, talvez tenha procurado seguir à risca os ditames pedagógicos da obra de arte dentro do regime soviético. Kabalevsky não provoca os ideias do regime. A estrutura tradicional de sua obra mais procura conformar do que destoar. Não há ironias, não há dramas, não há insinuações provocativas. Kabalevsky é linear, previsível em sua intenção. 

Há ainda, no disco, uma obra de Prokofiev. Não deixe de ouvir. Uma boa pareciação!

Dmitri Shostakovich (1906-1975) -

Cello Sonata in D minor, Op.40 (1934)
01. I. Allegro non troppo - Largo
02. II. Allegro
03. III. Largo
04. IV. Allegro

Sergei Prokofiev (1891-1953) -
05. Ballade in C major, Op.15 (1912)

Dmitri Kabalevsky (1904-1987) -

Cello Sonata in B flat major, Op.71 (1962)

06. I. Andante molto sostenuto
07. II. Allegretto con moto
08. III. Allegro molto

Dmitri Shostakovich
09. Moderato for cello and piano (?1930s, discovered 1986)

Sergei Prokofiev
10. Adagio 'Cinderella & the Prince', Op. 97bis (1944)

Dmitri Kabalevsky
11. Rondo in Memory of Prokofiev, Op.79 (1965)

Steven Isserlis, violoncelo
Olli Mustonen, piano

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terça-feira, 4 de março de 2025

Sergei Rachmaninov (1873-1943) - Six Moment Musicaux Op. 16, Prelude Op. 23 No. 5 In G Minor e Franz Liszt (1811-1886) - Six Etudes D'execution Transcendante, Soneto 104 Del Petrarca e Orage

Eis um disco de grande beleza. Lazar Berman foi um pianista russo, que viveu entre os anos de 1930 e 2005. Berman ficou conhecido por interpretações de repertório virtuosístico. Liszt e Rachmaninov foram duas de suas especialidades, além de Scriabin, Prokofiev e Tchaikovsky. É inegável que Liszt e Rach foram dois dos compositores especiais na interpretação do instrumento. O pianista conseguia conciliar força, ataques precisos, e um grande colorido expressivo.

Os Seis Momentos Musicais, de Sergei Rachmaninov, são um conjunto de seis peças para piano solo, composta entre outubro e dezembro de 1896. Essas obras refletem uma variedade de cores, atmosferas, estilos, demonstrando uma técnica afiada e o virtuosismo tão característico ao compositor russo. Cada uma delas possui uma personalidade. Há a evocação de atmosferas melancólicas, nostálgicas, introspectivas.

Os seis Estudos de Execução Transcendental, de Liszt, foram compostas entre 1826 e 1839, passando por um processo de revisão em 1852. Essas peças fazem parte de um dos repertório mais complexos e exigentes para músicos e intérpretes.  As obras exibem a técnica afiada e virtuosa do compositor. Não deixe de ouvir.

Não deixe de ouvir. Uma boa apreciação!

DISCO 01

01 Six Moment Musicaux Op. 16 1. Andantino In B Flat
02 Six Moment Musicaux Op. 16 2. Allegro In E Flat
03 Six Moment Musicaux Op. 16 3. Andante Cantabile In B Minor
04 Six Moment Musicaux Op. 16 4. Presto In E Minor
05 Six Moment Musicaux Op. 16 5. Adagio Sostenuto In D Flat
06 Six Moment Musicaux Op. 16 6. Maestoso In C
07 Six Etudes D'execution Transcendante 1. Preludio. Presto
08 Six Etudes D'execution Transcendante 2. Molto Vivace
09 Six Etudes D'execution Transcendante 3. Paysage. Poco Adagio
10 Six Etudes D'execution Transcendante 4. Mazeppa. Allegro
11 Six Etudes D'execution Transcendante 5. Feux Follets. Allegretto
12 Six Etudes D'execution Transcendante 6. Vision. Lento
13 Six Etudes D'execution Transcendante 7. Eroica. Allegro

DISCO 02

01 Etudes D'execution Trascendante 8. Wilde Jagd. Presto Furioso
02 Etudes D'execution Trascendante 9. Ricordanza. Andantino
03 Etudes D'execution Trascendante 10. Allegro Agitato Molto
04 Etudes D'execution Trascendante 11. Harmonies Du Soir. Andantino
05 Etudes D'execution Trascendante 12. Chasse-Neige. Andante Con Moto
06 Soneto 104 Del Petrarca
07 Prelude Op. 23 No. 5 In G Minor
08 Orage

Lazar Berman, piano

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segunda-feira, 3 de março de 2025

Louis Spohr (1784-1859) - Concertante for 2 violins & orchestra in A major, Op. 48, Polonaise for violin & orchestra in A minor, Op. 40, Concertante for 2 violins & orchestra in B minor, Op. 88 e Potpourri on Irish themes for violin & orchestra in A major, Op. 59


Louis Spohr foi um compositor nascido na Alemanha. Durante o início do romantismo, obteve uma enorme sucesso. Sua importância se deve ao desenvolvimento da música instrumental e da regência da música orquestral. Ele foi um dos primeiros a usar batuta para reger. O compositor recebeu influência de Mozart e Beethoven. Isso pode ser percebido em suas composições.
 
Neste disco, encontramos duas obras Concertantes Nos. 1 e 2. A primeira é do ano de 1808. A obra é repleta de lirismo. Nota-se a forte influência do classicismo e perceptível laivos expressivos que anunciam o romantismo. A segunda obra é do ano de 1833 e revela um amadurecimento estilístico em relação ao primeiro. Há ainda a Grande Polonaise, escrita em 1810. Trata-se de obra escrita para violino e orquestra; exibe belos momentos virtuosísticos e de brilho orquestral. 
 
Não deixe de ouvir. Uma boa apreciação!

Louis Spohr (1784-1859) -

01. Concertante for 2 violins & orchestra in A major, Op. 48 Allegro
02. Concertante for 2 violins & orchestra in A major, Op. 48 Larghetto
03. Concertante for 2 violins & orchestra in A major, Op. 48 Rondo
04. Polonaise for violin & orchestra in A minor, Op. 40
05. Concertante for 2 violins & orchestra in B minor, Op. 88 Allegro
06. Concertante for 2 violins & orchestra in B minor, Op. 88 Andantino
07. Concertante for 2 violins & orchestra in B minor, Op. 88 Rondo. Allegretto
08. Potpourri on Irish themes for violin & orchestra in A major, Op. 59 Andante...
09. Potpourri on Irish themes for violin & orchestra in A major, Op. 59 Larghett...
10. Potpourri on Irish themes for violin & orchestra in A major, Op. 59 Allegro

Rundfunk-Sinfonieorchester Berlin
Christian Fröhlich, regente
Ulf Hoelscher, violino
Gunhild Hoelscher, violino

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Richard Strauss (1864-1949) - Don Juan, Op. 20 e Ein Heldenleben 'A Hero's Life', Op. 40

Sou apaixonado pelos poemas sinfônicos de Richard Strauss. Ele consegue concentrar nessas composições a maestria na orquestração e na narrativa musical. Neste disco, encontramos dois dos seus poemas - O primeiro - Don Juan - é de 1888; e, o segundo - Vida de Herói - é do ano de 1898. 

O poema sinfônico é uma tipo de composição de caráter programático, cuja finalidade é contar ou descrever imagens e emoções por meio da - exclusivamente - música instrumental. Richard Strauss, talvez, tenha sido o compositor que elevou essa característica a níveis extraordinários. Ele utiliza uma orquestração rica, luminosa, dosando emoções, exploração de temas, motivações psicológicas e filosóficas.

Don Juan procura retratar a vida do lendário conquistador. A obra possui variações que vão do espírito vibrante ao melancólico, refletindo a energia e a ousadia da personagem. A orquestração é fluída e repleta de insinuações de luxúria, o que tem tudo a ver com o caráter da personagem. Já Vida de Herói - assim como Morte e Transfiguração - é uma das mais extraordinárias criações de Strauss na minha humilde opinião. Há quem diga que Strauss inseriu nele elementos autobiográficos. No fundo, "o herói" é o próprio compositor. A orquestração da obra é monumental. Há uma exploração de todo potencial orquestral para construir uma gama de cores e intenções psicológicas e filosóficas.

Interpretação impecável de Bernard Haitink. Não deixe de ouvir. Uma boa apreciação!

Richard Strauss (1864-1949) -

01. Don Juan, Op. 20
02. Ein Heldenleben 'A Hero's Life', Op. 40 I. Der Held
03. Ein Heldenleben 'A Hero's Life', Op. 40 II. Des Helden Widersacher
04. Ein Heldenleben 'A Hero's Life', Op. 40 III. Des Helden Gefährtin
05. Ein Heldenleben 'A Hero's Life', Op. 40 IV. Des Helden Walstatt
06. Ein Heldenleben 'A Hero's Life', Op. 40 V. Des Helden Friedenswerke
07. Ein Heldenleben 'A Hero's Life', Op. 40 VI. Des Helden Weltflucht und Vollendung

London Philharmonic Orchestra
Bernard Haitink, regente 

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domingo, 2 de março de 2025

Ludwig van Beethoven (1770-1827) - Complete Symphonies

Novamente, Beethoven. Não faz mal. Imagino. Dessa vez, apresentamos a famosa gravação de 1963, do mítico e polêmico maestro Herbert von Karajan. Esta interpretação tornou-se uma referência pela sua excelência técnica e pela visão estética do maestro austríaco, que equilibra rigor, força e ímpeto, tão característicos na obra de Beethoven, unidas às reflexões e os altos idealismos do compositor. Essa gravação continua a ser uma referência tanto pela interpretação detalhista e vigorosa, quanto pela qualidade sonora espetacular.

Acredito que faça jus à grandiosidade das nove sinfonias. Todas elas revelam certa faceta da personalidade do compositor, expressando a clareza e a elegância do classicismo; bem como a  grandiosidade e toda força emocional característica do romantismo. Karajan procura trazer à luz esse Beethoven imponente, digno dos mais altos pensamentos e idealismos por meio dessa interpretação vigorosa, eloquente. Não deixe de ouvir. Uma boa apreciação!

Ludwig van Beethoven (1770-1827) -

DISCO 01

01 - 1. Adagio molto - Allegro con brio
02 - 2. Andante cantabile con moto
03 - 3. Menuetto (Allegro molto e vivace)
04 - 4. Finale (Adagio - Allegro molto e vivace)
05 - 1. Adagio molto - Allegro con brio
06 - 2. Larghetto
07 - 3. Scherzo (Allegro)
08 - 4. Allegro molto

DISCO 02

01 - 1. Allegro con brio
02 - 2. Marcia funebre (Adagio assai)
03 - 3. Scherzo (Allegro vivace)
04 - 4. Finale (Allegro molto)
05 - 1. Adagio - Allegro vivace
06 - 2. Adagio
07 - 3. Allegro vivace
08 - 4. Allegro ma non troppo

DISCO 03

01 - 1. Allegro con brio
02 - 2. Andante con moto
04 - 4. Allegro
05 - 1. Erwachen heiterer Empfindungen bei der Ankunft auf dem Lande_
06 - 2. Szene am Bach_ (Andante molto mosso)
07 - 3. Lustiges Zusammensein der Landleute
08 - 4. Gewitter, Sturm (Allegro)
09 - 5. Hirtengesang. Frohe und dankbare Gefühle nach dem Sturm

DISCO 04

01 - 1. Poco sostenuto - Vivace
02 - 2. Allegretto
03 - 3. Presto - Assai meno presto
04 - 4. Allegro con brio
05 - 1. Allegro vivace e con brio
06 - 2. Allegretto scherzando
07 - 3. Tempo di menuetto
08 - 4. Allegro vivace

DISCO 05


01 - 1. Allegro ma non troppo, un poco maestoso
02 - 2. Molto vivace
03 - 3. Adagio molto e cantabile
04 - 4. Presto
05 - 4. Presto - _O Freunde nicht diese Töne_

Berliner Philharmoniker
Herbert von Karajan, regente

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sábado, 1 de março de 2025

Dietrich Buxtehude (1637-1707) - Cantate, BuxWV 75 - "Membra Jesu Nostri"


Dietrich Buxtehude é um nome importantíssimo do barroco alemão. Ele é uma espécie de mestre pré-Bach. Sua cantata "Membra Jesu Nostri"é uma das mais importantes composições do estilo barroco. Ela foi composta em 1680, ou seja, cinco anos antes do nascimento de Bach. Buxtehude baseou-se em um texto medieval, atribuído a Arnulf Leuven, que contempla as várias partes do corpo de Cristo crucificado.

O título completo da peça, em latim, é "Membra Jesu Nostri patientis Sactissima", cuja tradução para o português é algo mais ou menos assim: "Os membros santíssimos do nosso Senhor Sofredor". Cada uma das sete cantatas concentram-se em uma parte do corpo de Cristo - os pés, os joelhos, as mãos, o lado, o peito, o coração e o rosto. A estrutura de todas as cantatas segue uma padrão que se repete - uma sonata instrumental introdutória, um concerto vocal baseado em textos bíblicos, árias e um coro final. Há uma fusão de elementos luteranos e influências italianas.

É considerada uma das primeiras cantatas luteranas, o que antecipa o movimento que culminaria com as obras de Bach. Não deixe de ouvir. Um excelente apreciação! 

Dietrich Buxtehude (1637-1707) -

01. Ad Pedes
02. Ad Genua
03. Ad Manus
04. Ad Latus
05. Ad Pectus
06. Ad Cor
07. Ad Faciem

Hannover Knabenchor

Ton Koopman, regente

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sexta-feira, 28 de fevereiro de 2025

Antonio Maria Bononcini (1670-1726) - La Decollazione di S.Giovanni Battista

 

"La Decollazione di S.Giovanni Battista" é um oratório de Antonio de Bononcini, escrito em 1709. A obra aborda o drama da decapitação de São João Batista, retratando os eventos que levaram ao martírio do santo. 

Importante não confundir Antonio Maria de Bononcini com Giovanni Battista Bononcini, de quem era irmão. Giovanni era seu irmão mais novo; este desenvolveu sua obra entre Viena e Berlim. Já Antonio Maria viveu a sua existência na Itália. Inclusive, morreu na mesma cidade em que nasceu.

O oratório "La Decollazione di S.Giovanni Battista" destaca-se por sua estrutura dramática e pela sua tocante profundidade emocional. Bononcini constrói árias bonitas e impactantes, e coros pujantes. O oratório além de descrever os eventos bíblicos, conduz os ouvintes a refletirem sobre justiça, poder e fé. 

Não deixe de ouvir. Uma boa apreciação!

Antonio Maria Bononcini (1670-1726) - 

01. Sinfonia
02. "Perchè il Sole" (Battista)
03. Ritornello
04. "Già costretta dal Martir" (Erodiade)
05. Ritornello
06. "Ecco ai tuoi cenni" (Salomè)
07. "Si cadrà la cervice" (Salomè)
08. "Al prigionier Battista" (Angelo)
09. "Festivi giulivi" (Salomè)
10. "Rapido da te lungi" (Coro)
11. "De la tua vita" (Salomè)
12. "De le palme" (Salomè)
13. "Fortunata mia Salomè" (Erodiade)
14. "Nulla si nieghi, tutto sidoni" (Erode)
15. "Ombre che qui d'intorno" (Battista)
16. "Bacio l'ombre e le catene" (Battista)
17. "In quest'orror profondo" (Angelo)
18. "Tu che sei nume di pace" (Battista)
19. "Et ancora i tuoi voti" (Angelo)
20. "Tardi diviene all'ira" (Angelo)
21. "Figlia già fausto arride" (Erodiade)
22. "Clizia che è amante del sol" (Salomè)
23. "Il crin cingetemi" (Erodiade)
24. "Ecco o madre" (Salomè)
25. "Così d'empio livore" (Angelo)
26. "Muore il giusto" (Coro)

Orchestra dell’Opera Barocca di Guastalla

Sandro Volta, regente

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Antonio Vivaldi (1678-1741) - Concerti per fagotto e oboe

 

Vivaldi foi um compositor prolífico, de melodias elegantes, envolventes e inesquecíveis. O compositor italiano parecia produzir em escala industrial dado era o seu aspecto prolífico. Neste disco, encontramos algumas de seus concertos para fagote e oboé. Não é necessário dizer que se trata de algo com características envolventes. 

Observa-se uma abordagem, neste disco, de tempos amplos e contrastantes, o que resulta em algo estiloso e audacioso. A impressão que fica é de vitalidade, como devem ser interpretadas as obras do "padre vermelho", o apelido do compositor. 

Não deixe de ouvir. Uma boa apreciação! 

Antonio Vivaldi (1678-1741) -

Bassoon Concerto in D Minor, RV 481
01. I. Allegro
02. II. Larghetto
03. III. Allegro Molto

Oboe Concerto in A Minor, RV 461
04. I. Allegro non molto
05. II. Larghetto
06. III. Allegro

Concerto for Oboe, Bassoon, Strings and Basso Continuo in G Major, RV 545

07. I. Andante molto
08. II. Largo
09. III. Allegro molto

Bassoon Concerto in A Minor, RV 498
10. I. Allegro, Piano sempre
11. II. Larghetto
12. III. Allegro

Oboe Concerto in C Major, RV 451
13. I. Allegro molto
14. II. Largo
15. III. Allegro

Bassoon Concerto in B-Flat Major, RV 501 "La notte"

16. I. Largo
17. II. Adagio
18. III. Il Sonno
19. IV. Sorge L'aurora

Sonatori de la Gioiosa Marca 

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quinta-feira, 27 de fevereiro de 2025

Jazz - Ben Webster (1909-1973) - See You At The Fair

Voltamos, hoje, às postagens de jazz. Iniciamos o ano de 2025, mas acabei por esquecer essas postagens. O primeiro disco de 2025 é "See You At The Fair", de Ben Webster. O saxofonista tenor foi uma das figuras mais icônicas da história do jazz. "See You At The Fair" foi gravado no de 1964. A recepção foi bastante positiva tanto pelo público quanto pela crítica especializada.

Webster, quando gravou o disco, já era um músico bastante respeitado. Fizera parte da orquestra de Duke Ellington. Ficara conhecido pelo domínio do instrumento que executava, além de possuir uma competência ímpar de interpretar baladas com um forte apelo emocional. Sabia como ninguém alternar passagens vigorosas com momentos de grande suavidade.  

Neste disco, isso pode ser percebido na bonita e sensível "Over The Rainbow"; e, por sua vez, é possível notar a energia vibrante em "See You At The Fair", que traduz a força do jazz. 

Não deixe de ouvir esse belo disco. Uma boa apreciação!

01. Someone To Watch Over Me
02. In A Mellow Tone
03. Over The Rainbow
04. Our Love Is Here To Stay
05. The Single Petal Of A Rose (Bonus track)
06. See You At The Fair
07. Stardust
08. Fall Of Love
09. While We're Dancing
10. Lullaby Of Jazzland
11. Midnight Blue (Bonus track)
12. Blues For Mr. Broadway (Bonus track)

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Ludwig van Beethoven (1770-1827) - Piano Trios Op. 11, Op. 1 No. 3 & Op. 44

 
As três obras apresentadas neste disco refletem momentos bem distintos da vida de Beethoven. O Op. 11, por exemplo, foi escrito em 1797. Nota-se o seu caráter leve e mais acessível. Sua escrita foi baseada na ópera de "L'amor marinaro", muito popular no tempo do compositor, de Joseph Weigl. A obra, originalmente, foi escrita para para clarinete, violoncelo e piano. Mais tarde, Beethoven extraiu o clarinete e inseriu um violino no lugar do clarinete. Beethoven, às vezes, desejava que suas composições assumissem um caráter mais popular.

Já o Op. 1 No. 3 é bastante ousado. Observa-se que a obra já faz despontar um Beethoven que procura construir a sua própria voz, desgrudando-se de Haydn e Mozart. A obra é do ano de 1795. A última obra do disco é o Op. 44, cuja escrita se baseou em uma canção de uma opereta de Wenzel Müller. Foi composta em 1803 e apresenta uma introdução lenta e sombria. Não deixe de ouvir essa excelente interpretação do Rautio Piano Trio. Uma boa apreciação!


Ludwig van Beethoven (1770-1827) -

01 - Piano Trio in B-Flat Major, Op. 11 _Gassenhauer__ I. Allegro con brio
02 - Piano Trio in B-Flat Major, Op. 11 _Gassenhauer__ II. Adagio
03 - Piano Trio in B-Flat Major, Op. 11 _Gassenhauer__ III. Tema con Variazioni
04 - Piano Trio in C Minor, Op. 1 No.3_ I. Allegro con brio
05 - Piano Trio in C Minor, Op. 1 No. 3_ II. Andante cantabile con Variazioni
06 - Piano Trio in C Minor, Op. 1 No. 3_ III. Menuetto. Quasi Allegro
07 - Piano Trio in C Minor, Op. 1 No. 3_ IV. Finale. Prestissimo
08 - Piano Trio in E-Flat Major, Op. 44 _Variations on an Original Theme_

Rautio Piano Trio

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quarta-feira, 26 de fevereiro de 2025

Jean Sibelius (1865-1957) - Symphony No. 6 in D Minor, Op. 104 e The Swan of Tuonela

A Sinfonia No. 6 foi composta entre os anos de 1918 e 1923. É um dos trabalhos sinfônicos do compositor que mais fundo mergulham na ideia de uma paisagem nórdica imaculada. O compositor dava imensa importância à natureza e à história do seu país. Frequentemente encontramos alguma referência a esses temas em suas composições.

A Sexta Sinfonia é lenta, introspectiva, possui uma suavidade quase mística. Esteticamente ela reflete um estado de contemplação e reverência à natureza. O próprio Sibelius dizia que a sua Sexta procurava tornar exato “a pureza da neve”, ou seja, as paisagens de sua terra, repletas de lagos e florestas.

“O lago de Tuonela” é a segunda peça do Lemminkäinen, Op. 22, composto entre os anos de 1893 e 1895. Baseado no Kalevala, a epopeia de formação do povo finlandês. A obra retrata o lago que circunda Tuonela, o reino dos mortos.  Conforme afirma a mitologia finlandesa, o lago é guardado por um cisne negro, cujo canção melancólica se faz ressoar em todas as direções, criando um aspecto sombrio e místico em toda a região. Também – assim como a Sinfonia No. 6 – é uma obra lenta e solene por buscar criar essa atmosfera.

Sendo assim, as duas obras são repletas de simbolismos mitológicos.  Refletem sobre os limites da vida e da morte, e a relação com a natureza. Não deixe de ouvir. Uma boa apreciação! 

Jean Sibelius (1865-1957) -

01 - Symphony No. 6 in D Minor, Op. 104_ I. Alleg
02 - Symphony No. 6 in D Minor, Op. 104_ II. Alle
03 - Symphony No. 6 in D Minor, Op. 104_ III. Poc
04 - Symphony No. 6 in D Minor, Op. 104_ IV. Alle
05 - Lemminkainen Suite, Op. 22_ II. The Swan of

Berliner Rundfunk-Sinfonie-Orchester
Paavo Berglund, regente 

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terça-feira, 25 de fevereiro de 2025

Wolfgang Amadeus Mozart (1756-1791) - Requiem in D minor, K. 626

Era julho de 1791, e Mozart recebeu a encomenda anônima de uma missa de réquiem. Hoje, é sabido que tal pedido foi feito pelo conde Franz von Walsegg, cuja intenção era apresentar a obra como de sua autoria em memória de sua esposa falecida. Acontece que, por causa de vários problemas de saúde, Mozart faleceu em dezembro daquele ano. 

Constanze, a companheira de Mozart, com medo de perder o pagamento pela encomenda, solicitou que dois dos discípulos dos marido - Joseph Eybler e Franz Xaver Süssmayr - concluíssem a obra. Os dois finalizaram a obra a partir dos rascunhos e esboços que Mozart havia deixado. A obra foi entregue ao conde em 1792. 

O Réquiem de Mozart tornou-se uma das páginas mais misteriosas da música. Construíram-se lendas e mitos sobre essa que é uma das composições mais bonitas e dramáticas da história da humanidade. Ela manifesta a genialidade do seu compositor. Combina vários elementos do estilo barroco com a elegância do classicismo. Segue a tradicional estrutura da Missa de Réquiem do culto católico. 

A obra, em síntese, carrega uma dualidade que aponta para as luzes, mas também para as trevas; aponta para a esperança, mas está cravada pelo desespero. Em sua mais funda reflexão, procura reconciliar a efemeridade da vida e a busca pela imortalidade, no seio do divino. Há uma manifestação inconteste da grandiosidade divina e da falibilidade do humano. Mozart soube como ninguém apontar essa crise.

Essa versão com Carl Schurich é maravilhosa. Não deixe de ouvir. Uma boa apreciação!

Wolfgang Amadeus Mozart (1756-1791) -

01 - Requiem in D minor, K. 626 - Introit - Requiem aeternam (Chorus)
02 - Requiem in D minor, K. 626 - Kyrie eleison (Chorus)
03 - Requiem in D minor, K. 626 - Sequence No. 1 - Dies Irae (Chorus)
04 - Requiem in D minor, K. 626 - Sequence No. 2 - Tuba mirum (Soprano, Mezzo-soprano, Tenor, Baritone)
05 - Requiem in D minor, K. 626 - Sequence No. 3 - Rex tremendae majestatis (Chorus)
06 - Requiem in D minor, K. 626 - Sequence No. 4 - Recordare, Jesu pie (Soprano, Mezzo-soprano, Tenor, Baritone)
07 - Requiem in D minor, K. 626 - Sequence No. 5 - Confutatis maledictis (Chorus)
08 - Requiem in D minor, K. 626 - Sequence No. 6 - Lacrimosa dies illa (Chorus)
09 - Requiem in D minor, K. 626 - Offertory No. 1 - Domine Jesu Christe (Chorus)
10 - Requiem in D minor, K. 626 - Offertory No. 2 - Hostias et preces (Chorus)
11 - Requiem in D minor, K. 626 - Sanctus (Chorus)
12 - Requiem in D minor, K. 626 - Benedictus (Soprano, Mezzo-soprano, Tenor, Baritone)
13 - Requiem in D minor, K. 626 - Agnus Dei (Chorus)

Wiener Philharmoniker
Carl Schuricht, regente
Maria Stader, soprano
Marga Hoeffgen, contralto
Nicolai Gedda, tenor
Otto Wiener, baixo

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segunda-feira, 24 de fevereiro de 2025

Hakon Børresen (1876-1954) - Symphony No 1 Op. 3 In C Minor, Serenade For Horn, Strings, And Timpani e Nordic Folk Tunes For String Orchestra

Hakon Børresen foi um importante compositor dinamarquês do final do século XIX e da primeira metade do século XX. Sua música caracteriza-se pelo lirismo, com elementos do nacionalismo escandinavo. Børresen foi aluno do compositor norueguês Johan Svendsen. Experimentou certa popularidade em vida, mas acabou sendo esquecido à medida que o século XX avançou.

Neste disco, encontramos a sua Sinfonia No. 1 e mais duas outras peças. A Sinfonia foi escrita em 1901 e reflete a influência do romantismo alemão. Notam-se as presenças de compositores como Brahms e Bruckner, ao mesmo tempo que usa as características do colorido orquestral da música da escola escandinava. A música é grandiosa, ambiciosa; possui uma orquestração com melodias vigorosas, o que indica um domínio da forma. A Sinfonia No. 1 deu fama ao seu compositor, transformando-o em um dos principais compositores da Dinamarca.

As outras duas obras refletem o caráter expressivo da música do compositor. A Serenata é bastante curiosa, pois é uma obra de câmara com a trompa como instrumento solo. E a última obra é um conjunto de arranjos de melodias folclóricas para orquestra de cordas. Não deixe de ouvir. Uma boa apreciação!

Hakon Børresen (1876-1954) -

Symphony No 1 Op. 3 In C Minor (1901)
01 Lento - Andante - Allegro Moderato 10:41
02 Allegretto Sostenuto 7:13
03 Allegro Molto E Scherzando 7:15
04 Adagio Lamentabile 13:22

Serenade For Horn, Strings, And Timpani (1944)
05 Allegro 5:17
06 Allegretto Espressivo 6:15
07 Allegro 5:41

Nordic Folk Tunes For String Orchestra (1949)
08 The Glacier. Maestoso 6:57
09 Dance Outdoors. Moderato 6:13
10 Faeroese Round. Marcato E Con Ritmo 5:06

Rundfunk-Sinfonieorchester Saarbrücken
Ole Schmidt, regente

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