sábado, 12 de dezembro de 2009

Franz Schubert (1797 - 1828) - Piano Sonata No.19 in C minor, D.958 e Piano Sonata No.20 in A, D.959

Estou ouvindo este CD agradável e revelador dos humores de Schubert - de um Schubert tardio. Ele está entre os últimos trabalhos do compositor. A vida breve de Schubert, não o privou de ser o criador de uma obra fenomenal, profunda. Nessas duas sonatas, percebemos um viés beethoviano em cada dedilhar ao piano. É um trabalho sério, cheio de hiatos, de intervalos, intercalando alegrias, tristezas e uma reflexão pujante. Uchida está em grande forma. A cada instante ela parece se amoldar com mais intimidade aos rigores exigidos pelo trabalho de Franz Schubert. O que resta dizer, de forma enfática e redundante, é que se trata de um trabalho essencial. Não deixe de ouvi-lo e apreciá-lo.

Franz Schubert (1797 - 1828) - Piano Sonata No.19 in C minor, D.958 e Piano Sonata No.20 in A, D.959 

Piano Sonata No.19 in C minor, D.958 
01. Allegro [10:21] 
02. Adagio [8:40] 
03. Menuetto (Allegro) [3:38] 
04. Allegro [8:13] 

Piano Sonata No.20 in A, D.959 
05. Allegro [15:31] 
06. Andantino [8:48] 
07. Scherzo (Allegro vivace) [5:16] 
08. Rondo (Allegretto) [12:00] 

 Mitsuko Uchida, piano 


Have Joy! 

*Se possível, deixe um comentário!

4 comentários:

Unknown disse...

Oi Carlinus,
é Carol sim ^^ Aya é o perfil que tenho no orkut (é um perfil falso! Uma tentativa de evitar pessoas chatas no orkut. O orkut tem suas coisas boas - debates, pesquisa, encontrar dicas de sites para downloads - mas o orkut em si, é um saco, é um show do eu! É aquele que mais pode se exibir para que os outros vejam... ufa! Desabafei! ^^)

Eu amo essa pianista e amo Scubert, e agora? ^^
Junção perfeita. Obrigada por disponibilizar mais essa obra!

Então, continuando nossa conversa, reconheço muito o seu esforço e fiquei bem chateada quando naveguei pelo seu site no sábado e constatei que havia pouquíssimos comentários! Achei um absurdo por todos os motivos: obras maravilhosas, comentários seus significativos, bons servidores de download...

Como vc mesmo falou, vc não ganha nada por isso, é movido apenas pela vontade de difundir a boa música.
Acho que nós que somos os beneficiados direto temos por dever, no mínimo, agradecer.
Além de ser o básico dA educação, os efeitos são super significativos: para apoiar, incentivar, dar ânimo e não deixar que um trabalho tão bem intencionado seja abandonado por falta de motivação.

Infelizmente para você os meus comentários não serão produtivos, porque sou uma novata na música clássica (tenho 23 anos. Comecei a ouvir música clássica com 21. Claro que antes disso já conhecia as sonatas para piano de Beethoveen e tals, essas coisas assim mais fáceis, digamos assim, de ouvir e ter acesso. Mas orquestra mesmo, concertos, só com 21 anos. Isso vai demorar!), então não travaremos aquelas 'batalhas' de discussões... que pena!
Amo muitas obras, mas ainda não amadureci musicalmente na música erudita o suficiente para ser capaz de analisar uma obra, fazer comparação, ver influências...
Então gosto muito de ler sobre as obras, de saber as sensações que determinada obra causou em determinada pessoa. Conto com vc pra me guiar!
Li praticamente tudo o que vc escreveu, e me identifiquei com algumas coisas e num post vc colocou "...sábado e eu estou abraçado pela solidão..." (mais ou menos isso). Me identifiquei muito e gostei do termo, abraçado pela solidão.

Mesmo não te acrescentando nada, vou continuar comentando! :)

Obrigada
o/

Carol

Carlinus disse...

Carol, agradeço o seu carinho. Fiquei sensibilizado pelas suas palavras. A música tem um poder transformador impressionante. Nunca se é tarde para começar a ouvir e perceber os seus efeitos. Ela nos provoca e nos modifica, num processo dialético. A música como arte sugere posturas, atitudes, ações. Também comecei a ouvir música clássica por volta dos 20 ou 21 anos de idade, hoje, tenho 30. Não me julgo tão maduro ao ponto de ser um profundo entendedor. Os comentários que faço são resultado da existencialização da música em mim - sempre positiva. Fico imensamente feliz pelo seu entusiasmo. Como afirma Paulo Freire, ninguém é detentor de todos os conhecimentos. Aprendemos na relação; aprendemos à medida que nos abrimos para o novo e permitimos que o outro se insira com sua singularidade, em nosso ser. Com isso, surge a possibilidade de "sermos mais" a partir da relação. Afinal, os acúmulos de experiências, as leituras, as vivências, tudo isso contribui e gera maturidade e sabedoria. Talvez, por apreciar a mais tempo e ser mais velho que você, eu saiba algumas coisas a mais. Todavia, nada que me torne tão auto-suficiente. Seus comentários tem, sim, algo a acrescentar. Leio cada um deles e me impressiono com a sua argúcia.

Um grande abraço musical!

Anônimo disse...

Como estou baixando agora o cd, ainda não o ouvi. E não conheço essas sonatas de Schubert, sendo assim, logicamente não poderia elogiá-las desde já. Mas como a lógica não é das coisas que mais valorizo, e como a arte não tem nenhuma obrigação de ser logica, muito menos seus admiradores, posso dizer desde já que são belissimas essas sonatas. Conheço algumas obras de Schubert, poucas, mas suficientes pra fazer dele um dos meus compositores favoritos, e certamente essas seguem as mesmas caracteristicas das outras: a delicadeza, doçura e inocencia inacreditaveis, a poesia tão pura e alegre que o distancia de todos os demais compositores (Liszt estava certo, ao meu ver, ao dizer que Schubert é o mais poetico compositor. E o que Liszt diz deve ser tomado como verdade absoluta, não é?). Amo essas sonatas!
Gostaria tambem de agradece-lo pelo site, aqui posso encontrar obras que dificilmente encontraria em outro lugar - todos sabemos que a musica erudita não é muito divigulgada no Brasil. O site é otimo! Parabens!

rubén disse...

Muchas gracias por poner a nuestra disposición tanta y tanta buena música!
Si le es posible, ¿podría resubir las grabaciones Schubert / Uchida? Muchísimas gracias por todo, en todo caso!
Un abrazo.